Galhos desfolhados
Poleiro de chupim.
Quero a flor
De carrapicho.
Descendo a parede, no jardim fez a teia
Parecendo uma rede.
Uma rosa tão vermelha!
Vermelha cor de carmim.
Repleta de obras d'arte, basta observar
Não custa nada.
Desfile de peixes
Com certeza!
Juízo também não tem, se ainda não é louco
Tende à ser louco também.
Acordando a madrugada; somente apenas o vento
Além do vento... mais nada!
Não desespera, nem cansa, sem Deus só há desespero
Não há paz, nem esperança.
Me encantarei com as flores
Voarei com borboletas.
Não fiques a plantar espinhos!
Na folha da roseira; descansou
Depois voou!
Se o sol nascesse logo
Não seria nada ruim.
Sobre o telhado descansa
Uma ave de rapina.
São pinceladas Divinas
Na tela azul do céu.
Brincando de esconder, num instante a sumir
Noutro à aparecer.
Descansa sobre a pedra
No dia ensolarado.
De volta pro seu ninho, eu pensei ser Sabiá
Mas era um pardainho.
A beleza já se faz, branca, rosa, amarela
Amo também a lilás!
Acaso encontraste vento? Por aí um coração?
Eu aqui vivo à pensar, se me restou só razão.
Deixe-me a tarde chuvosa; envie-me alegria
Que seja em versos e proza.
Acabou-se o silêncio!
Mas ainda tem a noite.