sábado, 23 de janeiro de 2016

DISCRIÇÃO



Nem tudo que se vê conta-se.
Nem tudo que se conta...
É o que se vê.

LADO A LADO



Da minha infância!...pouco lembro...
Tanto me falta a memória!
Talvez meu lado adulto...
Seja o criança de outrora.

E o meu lado criança...
Inquieto!...sonhador!...
Vive perdido no tempo...
Entre presente e passado.



CANTA O BEM-TE-VI



Cantava um bem-te-vi...
Na folha de uma palmeira...
Sob a luz do sol brilhante...
Na mata da cordilheira.

POESIA



A poesia vem da alma...
Amor!...Paz!...Reflexão!
No desespero ou na calma...
Saudade!...Inquietação.
Para os felizardos...
Na inspiração da paixão.
Poesia é um desabafo...
Uma forma de expressão...
Das palavras surgem versos...
É a voz do coração!


SABIÁ



Ressoava na floresta...
Uma doce melodia...
O canto da sabiá!...
Vendo a chuva que caia.

Sabiá de galho em galho...
Alegre a saltitar...
Sentindo os pingos da chuva...
Não parava de cantar.

JORNADA


Nos caminhos desta vida...
Jornadas longas...fugidias...
Guerreiros da esperança...
Andarilhos da agonia.

Um conflito infindável...
Buscas sólidas...instável.
Persistência...desistência...
Noite à noite...Dia à dia.

Devastados pelo tempo...
Perdas!...vitórias tardia.
Quando se acha que ganhou...
Eis que a corda se partia!

FIM



Nada fica para sempre!..
Nem o bem e nem o mal...
Tudo vai-se embora um dia!...
Tudo tem o seu final!

SOLIDÃO...DESILUSÃO


No vai e vem da multidão...
Sinto apenas solidão.
Perdeu-se toda magia...
A beleza que existia,

Busco em vão a alegria...
O mundo no qual vivia.
Nem mesmo a fantasia...
Dá um fim a agonia.

Noites sem luz...
Dias sem sol.
Sombras!... do que fui um dia.