segunda-feira, 28 de abril de 2014

EU...O RIO...E A NATUREZA

Se eu tivesse um barco...
Desceria à navegar...
Neste rio de águas claras...
Vendo os pássaros voar.


Mas como não tenho um barco...
Fico aqui... só à olhar.
Sentada à margem do rio...
Esse encanto de lugar!


Vejo garças, patos d'agua...
Vejo martim pescador...
E as árvores tão verdes!...
Vejo ninhos!...beija-flor.


Vejo as nuvens!...tão brancas!...
Como flocos de algodão.
Adornando o azul do céu...
Pairando na imensidão.


Sinto a brisa!...sinto a areia...
Natureza!...linda!...nobre!...
Sob este sol que encandeia...
Sob este céu que me cobre!

DEVANEIOS E AFLIÇÃO

Conto agora uma história...
Referente a um lugar...
Onde em minha adolescência...
Sem querer eu fui morar.


Um distrito bem distante...
De uma bela cidade.
Onde quase eu não ia...
Por causa da pouca idade.


Era um lugar pacato...
Um marasmo!...enfadonho...
Lá não tinha alegria...
E bem pouco movimento.


O tempo foi passando...
E eu só me aborrecendo.
A escola onde estudava...
Era cercada por pinheiros.


Mas era outro lugar maçante...
Quase não tinha atração.
Lá o tempo não passava...
Me deixava em aflição.


Nem mesmo a turma da escola...
Me despertava atenção.
Era um bando de caipira...
Se achando e sem noção.


Foi aí que minha mente...
Começou a viajar...
Do contrário!.. eu nem sei...
Como iria aguentar.


Cada vez mais longe eu ia...
Em meu mundo imaginário.
Era um mundo fascinante...
Mágico!...só emoção.


Onde tudo era possível...
Fora daquela opressão.
Certas vezes eu me via...
Sendo chamada atenção...


Uma ou outra professora...
Demonstrando irritação.
Pediam que eu fosse atenta...
Me importasse com a lição.


No intervalo das aulas...
Em um canto me escondia...
Queria privacidade...
Só...lá eu permanecia.


E sonhava com o dia...
Do ensino terminar...
Só queria ir embora...
Para nunca mais voltar!


E assim foi longo tempo...
Até eu me libertar.
E os caminhos dessa vida...
Comecei a conquistar!


Esta é a primeira vez...
Que estou à desabafar...
Nem mesmo sei porque...
Só precisava contar!











quinta-feira, 24 de abril de 2014

A TARDE E A RUA

Outra tarde vem chegando!
Calma e melancolia.
Um céu lilás...quase rosa...
E uma rua vazia.


Um silencio aconchegante...
Uma tarde quase fria.
Uma revoada de pássaros...
Quando o sol já se escondia.


Ia tarde se esvaindo...
Numa rua já sombria.
Uma brisa persistente...
Quebrava a monotonia.


O farfalhar do arvoredo...
Era o som que se ouvia.
Agitando a rua quieta...
E a tarde que partia.


Despontando o crepúsculo...
A tarde não mais se via.
Só a penumbra da noite!
Sobre uma rua vazia.



LIVRO DA VIDA

A vida é como um livro...
Todos tem a sua história!
Se são muitas!...ou poucas paginas...
Está nas mãos do destino.


Também um pouco de nós!
As escolhas que fazemos...
Determinam a trajetória.


Cada um colhe o que planta!
Escrevemos nossa história.
De sucesso!... ou fracasso!
Esquecimento!... ou glória!











quarta-feira, 23 de abril de 2014

OBSESSÃO

Queria eu ser poeta...
Ter te como inspiração.
Queria eu ser poesia...
E tocar teu coração.


Eu queria que teus olhos...
Se prendessem!... aos meus olhar.
Como presas numa teia...
Incapaz de se soltar.


Queria ser teu amor...
Seu mundo...tua paixão.
Ser o ar que tu respiras...
Ser a tua obsessão.


Eu queria ser a noite...
Para ser a tua luz.
E por fim!... ser o caminho...
Que só a mim te conduz!

INÉRCIA

As vezes quero fugir...
Como magica!...sumir!...
Fugir de que?...e porque?...
Se perdida em minha inércia...
Já nem estou a existir.

FAZES DA VIDA

A vida tem tantas fazes!...
Consciência!...ilusão.
Amores!...felicidade.
Desencontros!...solidão.


A luta por igualdade...
A busca da perfeição.
Sonhos e realidade!
Planos!...realização.


A vida tem tantas fazes!...
De beleza....imperfeição.
Euforia e conquistas!
Perdas e desilusão.


Seja infância...adolescência...
Seja adulto ou ancião.
Todas tem a sua glória!
A vida nunca é em vão!



SÓ PELA SATISFAÇÃO

Não cultivo uma planta...
Só por uma boa ação.
Planto por satisfação!
De vê-la crescer e florescer.
Flores me fascinam!


Não dou um sorriso...
Esperando outro em troca.
Apenas pela alegria...
De poder e querer sorrir!


Não canto uma melodia...
Na intenção de agradar.
Sim pela glória...
De estar feliz!...e cantar!
Musica agrada e acalma
Faz a mente levitar


Escrevo!...apenas por prazer!...
De escrever e expressar...
Meus sinceros sentimentos.
Não por reconhecimento!
Da vida?... adoro criar!
E viver cada momento!

APENAS VIVER

Qual o sentido da vida?
Lutar...competir...vencer?
Inconsequência...loucura?
Ser adulto até sem ser?
Ou criança e nunca crescer?


Amar!...
Também ser amado!
Ou desejar um amor...
Que por certo não vai ter?


Qual o sentido da vida?
Quem disse que tem que ter?
Viver já é tão sublime!
Que basta apenas viver!



quinta-feira, 6 de março de 2014

VELEIRO

Um veleiro segue à ermo...
Rasgando a escuridão.
Superando as tormentas...
Segue em sua solidão.


Sem bagagem!...sem bandeira!...
Destino ou tripulação.
Um ponto de luz que vaga...
E perde-se na imensidão!











AMO O MAR

Eu caminho sobre areia...
Deixo as ondas me levar.
Eu!...o sol, e essa beleza...
Fascinante que é o mar!


Mar que me toca alma...
Me transforma, faz vibrar
Amo o barulho das ondas...
Amo o balanço do mar!


Amo o azul, o verde e o prata...
Todas as cores do mar.
Amo o canto das gaivotas...
Amo o cheiro do mar!


Mar que não tem domínio...
De fúria ou calmaria.
Liberdade!...inspiração!
Vida!...encanto!...euforia!





ACABOU A FOLIA

Terminou o carnaval...
Acabou a fantasia.
Não tem mais blocos na rua...
Nem folião, nem folia!


Um rei sem reinado...
Pra casa voltou.
Levando a tristeza...
O sonho acabou!


Não tem colombina...
Nem mais pierrô.
Também não tem plumas...
O vento levou!


Há um carro alegórico...
Num canto em ruinas.
Ficou sem batuque...
E sem dançarinas.


Restaram confetes!...
E as serpentinas.
Juntando-se ao lixo...
Das ruas e esquinas.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

DOCE VIDA...VIDA DOCE

Oque seria da vida?...
Sem os doces...
Doce da vida!


Uma praia sem o mar
Uma vida sem sonhar
Um pássaro sem cantar
Uma noite sem luar


Orquestra sem sinfonia
Um poeta sem poesia
Folião sem fantasia
Um sol sem a luz do dia


Uma abelha sem o mel
Um parque sem carrossel
Seria um mundo sem flores
Um arco íris sem cores


Ai de mim!...
Seria o fim!










LIVRE COMO UM PASSARINHO

Eu queria ser...
Livre como um passarinho.
Sem paredes...fechaduras...
Queria ter...
Só um ninho!


Eu queria ser...
Livre como um passarinho.
Sem encargos...
Sem amarras.
O mundo ser meu caminho!